No Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, celebrado no último 25 de novembro, o Museu da Diversidade Sexual (MDS) lançou, em seu canal oficial no YouTube, o documentário “Amistosa”. O filme capta a essência do jogo de futebol de várzea entre os times Perifeminas e Grêmio Esperança, realizado em 30 de julho na região metropolitana de São Paulo, mostrando a força e a resistência das mulheres em um ambiente tido como machista.
Além do documentário, “Amistosa” também realizou uma roda de conversa, também já disponível no Youtube, com locutora esportiva Chris Lima e a ex-jogadora olímpica Roseli de Belo. Os temas abordados durante este diálogo incluem resistência, representatividade, empoderamento e, crucialmente, a violência enfrentada por mulheres tanto nos campos esportivos quanto em outros contextos.
Fundado em 2014 por quatro irmãs, o Perifeminas transcende a definição tradicional de um time de futebol: o coletivo emprega o esporte e a literatura não apenas como meios de entretenimento, mas como poderosas ferramentas de desenvolvimento pessoal e fortalecimento comunitário.
Em paralelo, o Grêmio Esperança, sob a liderança inspiradora de Lucelia Leal, conhecida como Neguinha, estabelece-se mais do que como um time: é um santuário de apoio e solidariedade. Aqui, jogadoras com diferentes aspirações – desde aquelas que sonham com uma carreira profissional até as que veem no futebol um refúgio para superação e relaxamento pessoal – encontram um ambiente acolhedor e fortalecedor.
Segundo Khadyg Fares, pesquisadora do MDS, o documentário “Amistosa” tem um significado especial: “Além de ressaltar uma das atividades mais importantes do MDS em 2023, este registro combate a marginalização e contribui para a memória e visibilidade das mulheres no futebol. É uma resposta necessária à demora histórica em reconhecer o futebol feminino em comparação ao masculino.”
Roseli de Belo compartilha sua experiência e luta pessoal, destacando a urgência em combater a violência contra mulheres e meninas no esporte: “É crucial que essas histórias sejam contadas para conscientizar sobre essa problemática.”
A ação do Museu da Diversidade Sexual (MDS) em promover e documentar o evento “AMISTOSA” destaca seu papel ativo na representação e engajamento com diversas comunidades. O documentário, ao transcender a mera função de um registro esportivo, torna-se um recurso valioso para a divulgação e pesquisa, contribuindo para a preservação da memória e histórias relacionadas a dissidências de gênero e sexualidade.
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