Monólogo inspirado em Christiana Guinle aborda fluidez de gênero e complexidades identitárias

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Sob a direção de Ernesto Piccolo e com texto de Pedro Henrique Lopes, o monólogo “Gênero: Livre”, inspirado na vida da atriz Christiana Guinle, explora as identidades para além das definições binárias de masculino e feminino. Em exibição no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, o projeto artístico une biografias, reportagens, músicas e relatos pessoais da atriz e da equipe criativa, convidando o público a refletir sobre as complexidades identitárias.

Christiana Guinle - Foto: Junior Mandriola
Christiana Guinle – Foto: Junior Mandriola

Christiana Guinle, artista que se identifica como gênero fluido, apresenta uma jornada pessoal e profissional em “Gênero: Livre”, uma colaboração de longa data entre o diretor e a atriz, que se conheceram há mais de quarenta anos e decidiram trabalhar juntos pela primeira vez durante a pandemia. A ideia surgiu a partir da vontade de Guinle de explorar sua própria jornada de entendimento de identidade sexual e de gênero.

“Durante minha juventude, eu não tinha muitas referências de pessoas que se identificassem como fluidas. No máximo, tinham as pessoas andróginas. Eu tentava entender minha própria identidade. A descoberta da não binaridade e a possibilidade de fluir entre os gêneros foram libertadoramente perturbadoras. Contei toda a minha história para o Pedro, que usou as minhas memórias para escrever um espetáculo sobre o respeito às nossas próprias individualidades. Queremos falar do corpo sem gênero. Das roupas sem gênero. Do sexo sem gênero”, descreve Christiana Guinle.

Christiana Guinle - Foto: Junior Mandriola
Christiana Guinle – Foto: Junior Mandriola

Pedro Henrique Lopes, autor do texto, incorporou as memórias de Guinle no espetáculo, refletindo sobre a importância do respeito às individualidades e a representação de questões identitárias no teatro. Além da história de Guinle, a peça traz à tona figuras importantes no debate sobre a fluidez de gênero, como Thomas Baty, Rogéria, Kaká Di Polly e Roberta Close.

– BKDR –

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“As pautas identitárias no teatro são um reflexo das discussões frequentes na sociedade hoje. As pessoas estão querendo ver também em cena narrativas que falem da igualdade de gênero, combate ao racismo, sexualidade e preservação ambiental. Mas as discussões sobre gênero fluido ainda não são tão frequentes em cena”, analisa o autor Pedro Henrique Lopes.

Ernesto Piccolo destaca a relevância de peças que discutem assuntos sociais, especialmente as que abordam liberdade e identidade. Segundo ele, embora haja progresso na discussão de gênero, ainda há um longo caminho a percorrer.

“O teatro que debate assuntos sociais importantes me interessa muito, principalmente quando a gente está falando da liberdade, do livre-arbítrio, de ser quem a gente é de verdade”, observa o diretor Ernesto Piccolo. “Ainda temos muito que evoluir nessa questão, mas já vemos muito mais espaço para o debate de gênero hoje do que décadas atrás”, completa Piccolo.

Christiana Guinle - Foto: Junior Mandriola
Christiana Guinle – Foto: Junior Mandriola
TRIO PRA LÁ DE ARTÍSTICO

Christiana Guinle iniciou sua jornada na atuação aos 15 anos, quando ingressou na Royal Shakespeare Company em Londres. Seu talento foi reconhecido com o Prêmio Mambembe de Melhor Atriz por sua performance em “A Odisseia de Homero”, dirigida por Carlos Wilson. Em 1993, recebeu indicação ao Prêmio Molière por sua atuação em “O Inferno são os Outros”. Em 1994, Guinle foi laureada com o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pela sua performance em “Anjo Negro”. Já em 1996, foi indicada ao Prêmio Shell por “A Dama do Mar” e ao Festival Alternativo de Berlim por “Metalguru”.

Já Ernesto Piccolo, com mais de duas décadas de experiência, dirigiu uma série de espetáculos aclamados. Entre eles estão “Duetos”, com Patricya Travassos e Du Moscovis (2022); “Dom Quixote de Lugar Nenhum”, de Ruy Guerra, com Edson Celulari (2008); “Divã”, com Lilia Cabral (2005); “Simples Assim”, de Marta Medeiros e Rosane Lima, com Julia Lemmertz (2019); “Andança, Beth Carvalho o musical”, com texto de Rômulo Rodrigues; “Sonhos de um sedutor” (2013), de Woody Allen; “Doidas e Santas”, de Regiana Antonini, baseado no livro de Martha Medeiros com Cissa Guimarães (2010 a 2016); “A História de Nós 2”, de Lícia Manzo, com Alexandra Richter e Marcello Valle (2009 até o presente); e o sucesso infantil “D.P.A – A Peça” (2019 e 2023).

Por fim, Pedro Henrique Lopes é autor de diversas obras teatrais, incluindo a comédia musical “O Meu Sangue Ferve Por Você”, o documentário cênico “O Que Sobrou” e a versão brasileira de “Mojo Mickybo”. Seu trabalho também abrange espetáculos infantis como “Detetives do Prédio Azul – O Mistério do Teatro”, “Tchibum! – A Liga Aquática”, “A Conferência dos Monstros”, “Galinha Pintadinha: Em Busca do Natal”, entre outros. Ele é o criador do projeto “Grandes Músicos para Pequenos”, homenageando figuras icônicas da música brasileira, pelo qual recebeu os prêmios de Melhor Roteiro no Prêmio Botequim Cultural 2017 e Categoria Especial no Prêmio CBTIJ de Teatro Infantil 2016. Lopes também é responsável pela versão brasileira do espetáculo oficial da Disney “Princesa” e autor de roteiros originais para animações infantis e curtas-metragens selecionados em diversos festivais.

Christiana Guinle - Foto: Junior Mandriola
Christiana Guinle – Foto: Junior Mandriola

SERVIÇO

Espetáculo “Gênero: Livre”

  • Temporada: até 17 de dezembro de 2023
  • Sextas e sábados, às 19h; domingo, às 18h. Duração: 1h
  • Classificação: 12 anos
  • Teatro Glauce Rocha: Av. Rio Branco, 179, Centro, Rio de Janeiro, RJ (Espaço cultural da Fundação Nacional de Artes – Funarte) – Lotação: 204 pessoas – Telefone: (21) 2220-0259
  • Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) via Sympla ou bilheteria do teatro
Ficha Técnica

Direção: Ernesto Piccolo
Interpretação: Christiana Guinle
Texto: Pedro Henrique Lopes
Assistente de Direção: Kattia Hein e Mark Benjamin
Coreografia e Preparação Corporal: Kallanda Caetana
Figurinos: Helena Araújo
Iluminação: Gabriel Prieto
Trilha Sonora: Pedro Henrique Lopes e Ernesto Piccolo
Caracterização e Visagismo: Ricardo Moreno
Produção Executiva: Christiana Guinle e Ernesto Piccolo
Assistente de Produção: Layla Paganini
Direção de Produção: Pedro Henrique Lopes
Assessoria de Imprensa: Racca Comunicação
Programação Visual: Yucky Designs e Ideias
Realização: Expansão 2 Produções Artísticas e Expressão Piccolo

Atriz Christiana Guinle se declara gênero fluido

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