Christopher Landon (48), um dos poucos diretores abertamente gays no cinema de terror, anunciou sua saída de “Pânico 7“. Landon havia sido anunciado em agosto deste como diretor da sequência da franquia. O norte-americano tem em seu currículo filmes de destaque como “Disturbia” e “Atividade Paranormal” e revelou sua homossexualidade após coescrever “Another Day in Paradise”, destacando a presença de homofobia na indústria cinematográfica e sua determinação em enfrentá-la.
“Acho que agora é um bom momento para anunciar que, formalmente, saí de ‘Pânico 7’ há algumas semanas. Isso vai decepcionar algumas pessoas e alegrar outras. Foi um trabalho dos sonhos que se tornou um pesadelo. E meu coração se partiu por todos os envolvidos. Todos. Mas é hora de seguir em frente. Não tenho mais nada a acrescentar a esta conversa, a não ser que eu espero que o legado de Wes [Craven] prospere e se eleve acima do barulho de um mundo dividido. O que ele e Kevin [Williamson] criaram é algo incrível e eu fiquei honrado por ter até mesmo o mais breve momento exposto a esse brilho”, escreveu Landon em sua conta no X.
A atriz mexicana Melissa Barrera, protagonista nas duas últimas sequências da franquia, foi desligada do projeto no final de novembro após uma série de postagens feitas em suas redes sociais, nas quais ela manifestou seu apoio à Palestina. As declarações foram interpretadas por alguns como antissemitas, provocando uma resposta da produtora Spyglass.
A decisão da produtora de desligar Barrera do elenco do filme devido a essas postagens suscitou um amplo debate público. As discussões centrais giraram em torno dos limites da liberdade de expressão de artistas e as implicações políticas de suas opiniões pessoais, refletindo as complexidades de navegar questões geopolíticas no cenário da indústria cinematográfica.
Jenna Ortega, coprotagonista e conhecida por seu papel em “Wandinha”, também anunciou a saída do projeto no último mês, após a demissão de Barrera, citando conflitos de agenda.
Esses eventos marcam um período tumultuado para “Pânico 7”, que é parte de uma das franquias mais lucrativas e influentes do cinema de terror. Sob a direção de Landon, esperava-se uma nova visão para a série, especialmente após o sucesso de “Pânico 5” e “Pânico 6”, que introduziram um novo arco narrativo centrado em Sam Carpenter, personagem de Barrera.
A franquia “Pânico” (conhecida como “Scream” nos EUA e “Gritos” em Portugal) é um marco no gênero de terror, combinando suspense, metalinguagem e críticas sociais. Criada por Kevin Williamson e Wes Craven, a série segue Sidney Prescott (Neve Campbell) em sua luta contra assassinos mascarados conhecidos como Ghostface. Com a participação de Courteney Cox e David Arquette, a franquia acumulou mais de 910 milhões de dólares em bilheterias globais. Com seis filmes lançados desde 1996 e uma adaptação televisiva, “Pânico” permanece como uma série de terror icônica, recebendo elogios críticos e prêmios significativos.
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