‘Água Doce’ exala química intensa de Jesuíta Barbosa e Túlio Starling em romance familiar

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Um dos dizeres mais populares dentro das famílias é de que o amor de primos dura para sempre, seja ele emocional e, não tão raramente, carnal. Essa complexidade afetiva é o centro da narrativa do curta-metragem “Água Doce”, ainda inédito em plataformas de streaming.

A obra destaca-se ao explorar, de maneira sensível e provocativa, a intricada relação entre João (Jesuíta Barbosa) e Pedro (Túlio Starling), marcada por laços familiares e um romance mal resolvido.

"Água Doce" - Divulgação
“Água Doce” – Divulgação

Exibido ao longo deste ano em festivais ao redor do mundo, em países como Noruega, Áustria, Alemanha, Austrália, o filme dirigido por Antonio Miano busca seu lugar ao sol com uma provocação interessante.

– BKDR –

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Antonio Miano, Foto: Caio Falcão
Antonio Miano, Foto: Caio Falcão

No enredo, João retorna para a antiga fazenda da avó e é recebida por Pedro às vésperas deles assinarem um documento que entregue o terreno para uma usina de cana. Mas, nesse momento de vida, cada um deles vive uma fase diferente.  Enquanto João sente, no abraço de recepção, como uma chance de entender onde os dois tinham parado em sua história mal resolvida, Pedro parece ter virado de página: ele tem uma filha e mora na cidade próxima com sua esposa. No entanto, em um simples olhar, os primos exalam muitas perguntas e uma simples resposta: há algo ali ainda, sim. Há, inclusive, um diálogo intenso deles a frente de uma fogueira, capaz de aquecer a sua poltrona.

“Esta cena é o coração do filme, era importante trabalhar as coisas não ditas que ganhavam força durante os ‘silêncios’ que perseguem incansavelmente as conversas. Os medos da infância e dos corpos”, explica Miano, em entrevista ao GAY BLOG BR, por e-mail.

"Água Doce" - Divulgação
“Água Doce” – Divulgação

Conexão

“Água Doce” vai além de um curta LGBTQIA+, por apostar em um cenário recluso composto por uma natureza exuberante. Algumas figuras místicas surgem para contracenar com Barbosa e Starling, criando uma atmosfera mais poética à história dos dois primos distantes.

Miano conta que tem dificuldades de escrever histórias que se passam em cidades, e que há um fascínio velado na natureza. “Ela é um grande mistério. A força da água, do fogo, está além do bem e do mal. (…) A natureza não é um cenário, ela é um personagem. Ela é a protagonista”, define ele, que elogia o trabalho conjunto com os diretores de fotografia (Caio Nigro e Padu Palmério) e também a diretora de arte (Paloma Mecozzi).

Jesuíta Barbosa em "Água Doce" - Divulgação
Jesuíta Barbosa em “Água Doce” – Divulgação

Entre os dilemas com Saci, Mãe D’Água e o fantasma de um tio, os protagonistas conseguem emanar força na tela. O cineasta conta que Jesuíta e Túlio eram suas primeiras opções para os papéis e que eles puderam viver o processo de criação em conjunto, em uma fazenda isolados no meio da pandemia.

“Durante alguns dias vivemos em ininterrupto estado de performance e criação, onde até a feitura das refeições estavam ligadas à construção dos personagens. É um elenco que me emociona muito enquanto entrega”, detalha Miano. “São atores que se encontram na dedicação e na paixão pelo ofício. Vem de lugares e formações diferentes, no set era como se eu tivesse o privilégio de trabalhar com as energias apolíneas e dionisíacas que cada um emanava.”

Enquanto ainda busca uma plataforma de streaming para acomodar o curta-metragem, o diretor comemora os resultados obtidos até aqui. Segundo ele, cada espectador tem se atentado a detalhes diferentes – o que potencializa o reflexo da obra, desde o seu cunho político a dificuldade de se realizar uma fábula.

Por fim, fica a expectativa de que o projeto seja bem mais que isso. “Observando a arqueologia de minhas paixões cinematográficas, consigo perceber a importância que a arte teve na minha vida sexual e identitária. É como se eu tivesse vivido as coisas antes nos filmes que assistia e depois na minha própria vida. Acho a arte sempre mais poderosa que a cartilha”, reflete ele. “Adoraria que no futuro esse filme possa fazer parte da arqueologia cinematográfica de alguém. E se for uma só pessoa, já está ótimo.”

Assista ao trailer de “Água Doce”:

FICHA TÉCNICA

“Água Doce” (Brasil, SP, 2023, 25′)
Direção e roteiro: Antonio Miano
Elenco: Jesuíta Barbosa, Túlio Starling, Danielli Mendes
Fotografia: Caio Nigro, Padu Palmério
Montagem: Lucas Mello
Som: Rafael Veríssimo
Arte: Paloma Mecozzi
Produção: Patricia Iglecio, Antonio Miano, Buca Massi, Caio Nigro, Carolina Simão, Jesuita Barbosa, Padu Palmério, Sandro Miano, Túlio Starling
Produtora: Filmes da Onça
Classificação: 14 anos

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