Theo Nogueira reflete sobre carreira artística e a importância de assumir riscos

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Theo Nogueira, nascido em 1991 em São Paulo, é um ator formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, e pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). Além disso, o artista possui cursos profissionalizantes em várias áreas de interpretação, incluindo cinema, TV e teatro inglês.

Theo Nogueira
Theo Nogueira (Foto: reprodução/Caio Gallucci/Instagram/@theonogueira)

Carreira

Theo iniciou sua carreira artística em 2008 com a peça “Sexo, Chocolate e Zambelê” e o curta “Eu e Crocodilos”. Ademais, sua versatilidade o levou a participar de importantes produções da Rede Globo, como “Malhação Casa Cheia”, “Babilônia” e “Verdades Secretas”, além de integrar o elenco de “Desenrola Aí” do Multishow.

No teatro, Theo Nogueira tem uma carreira bem diversificada. Dentre outros projetos, em 2015, atuou na peça “Bronca de Quê?” dirigida por Ernesto Piccolo, e que explorava temas como diversidade, tolerância, amizade e solidão. Em 2017, participou de “Queridos Invitados” sob a direção de Kevin Cass, e “Adan & Adan”, dirigido por Manuel Pijuan Carreno. Já em 2019, estrelou “A 2,50 la Cuba Libre“, dirigida por Manuel Mendoza, e “Mi cama tiene 3 lados“, sob direção de Pedro Pablo Porras.

Além de seu trabalho na televisão e teatro, Theo também produziu dois curtas-metragens com temática LGBTQIA+ que se tornaram fenômenos de visualizações no YouTube: “E aí, partiu!?” e “Um anjo no meu caminho”. Esses curtas, voltados para o público adolescente gay, demonstram seu compromisso com a diversidade e a inclusão, consolidando sua influência entre jovens espectadores.

– BKDR –

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Theo estrela peça com Carmo Dalla Vecchia

Atualmente, Theo Nogueira está em cartaz, ao lado de Carmo Dalla Vecchia com a peça “Todo Chapéu Me Lembra Você“, escrita e dirigida por Vitor Rocha, que estreou em 17 de maio no Teatro Décio Almeida Prado, em São Paulo. A peça segue Thomaz, interpretado por Theo Nogueira, que retorna à sua cidade natal para cuidar de seu avô doente e encontra Otto, vivido por Carmo Dalla Vecchia.

Theo Nogueira (Foto: reprodução/Caio Gallucci/Instagram/@theonogueira)

Com temporada até 16 de junho, o espetáculo aborda temas de diversidade, amor e relacionamentos. Além disso, inclui debates sobre questões LGBTQIA+ com convidados especiais aos domingos. A peça é uma realização da Associação dos Artistas Amigos da Praça e VIVA Cultural, com 12 apresentações gratuitas.

Conversa com Theo Nogueira

Em uma entrevista exclusiva ao GAY BLOG BR, o ator Theo Nogueira compartilhou detalhes sobre a criação da peça “Todo Chapéu Me Lembra Você“. Theo, juntamente com Leandro Luna e Priscilla Squeff, foi o idealizador do projeto que aborda temas LGBTQIA+ de maneira inovadora e sensível, com a colaboração criativa de Vitor Rocha.

Durante a conversa, Theo discute o processo de concepção da peça, enfatizando a importância de contar uma história com temática gay que seja inclusiva e envolvente, sem cair em clichês. Ele também destaca como a parceria com Vitor Rocha superou suas expectativas, resultando em um texto que vai além do que ele inicialmente imaginava.

Além do espetáculo, Theo comenta sobre os ciclos de debates pós-apresentação, que contarão com convidados especiais como Renan Quinalha e Erika Hilton. O artista destaca a importância dessas discussões para promover a conscientização e inclusão social. Além disso, Theo reflete sobre sua carreira diversificada e o impacto pessoal que essa e outras peças têm em sua trajetória artística.

Theo Nogueira (Foto: reprodução/Caio Gallucci/Instagram/@theonogueira)

Confira a entrevista na íntegra

  • Você foi peça fundamental na idealização de “Todo Chapéu Me Lembra Você” junto a Leandro Luna e Priscilla Squeff, com a colaboração criativa de Vitor Rocha. Pode nos contar como surgiu a ideia original para a peça e qual foi seu papel nesse processo de criação?

Eu posso começar falando que esse projeto foi uma junção de boas energias e vibrações, porque eu queria contar uma história com a temática gay e, ao mesmo tempo, uma história com conteúdo para todos, sem ser clichê ou fazer algo que o público pudesse reconhecer facilmente do que se tratava a história. Queria algo diferente e, ao compartilhar o meu desejo e ideia com o Leandro Luna (nosso produtor junto com a Priscilla Squeff), começamos a pensar no que falar e como falar. Ele, já conhecendo o Vitor Rocha, acabou unindo a equipe. E já posso dizer que o resultado do texto que temos em mãos vai muito além do que eu esperava ou pensava. Sei que dei o pontapé inicial no projeto, porém tudo está mais incrível do que podia imaginar. Estou muito feliz com a história que estamos contando.

  • Após cada apresentação de “Todo Chapéu Me Lembra Você”, serão realizados debates com participantes como Renan Quinalha e Erika Hilton. Como surgiu a ideia de integrar esses ciclos de discussão ao projeto e que impacto você espera que eles tenham na experiência do público?

O nosso projeto está sendo apoiado pela emenda parlamentar da cidade de São Paulo e, em contrapartida, estamos disponibilizando ingressos gratuitos para todos. Além disso, a equipe está participando de workshops diversos na Escola de Teatro de São Paulo. Estamos, também, com uma lista de convidados ilustres para bater papo com a plateia e compartilhar seus conhecimentos, todos exemplos na luta LGBTQIA+ em suas áreas. São pessoas que nos inspiram. Estou super animado pelas apresentações, especialmente aos domingos, com nossos convidados. Vale lembrar que nas sessões dos domingos, 26/05 e 16/06, teremos tradução em Libras também.

  • Esse espetáculo parece ter um significado especial para você. Poderia compartilhar sua conexão pessoal com a história e o que a peça representa em sua trajetória artística?

Com certeza o “chapéu” tem um significado muito especial. Este é o segundo espetáculo em que participo desde a criação. O anterior, “Bronca de Quê?” (dirigido por Ernesto Piccolo em 2015/2016), falava sobre síndrome de Down, com o ator Pedro Baião falando em primeira pessoa sobre diversas situações, mostrando que a sociedade não estava preparada para lidar com situações simples do dia a dia junto a pessoas com deficiência. Este é o primeiro projeto gay que encabeço no teatro nacional. Sinto que, com ele, estou abrindo portas, porque ideias não faltam para futuros projetos tanto no teatro como no audiovisual. Sinto que, com esse tema, também estou falando em primeira pessoa. Fiz projetos com essa temática fora do Brasil, mas estar no nosso próprio país tem um significado maior, porque aqui sabemos a real necessidade de continuar tocando e ensinando com histórias tão bonitas, delicadas e reais.

Theo Nogueira
Theo Nogueira (Foto: reprodução/Caio Gallucci/Instagram/@theonogueira)
  • Você tem uma carreira diversificada que abrange teatro, cinema e TV. Poderia nos falar um pouco sobre os principais marcos e desafios de sua trajetória até agora?

A minha maior experiência sempre foi com o teatro e suas formas. Já fiz muitas peças em teatros, com palco e plateia, como estamos acostumados. Porém, quando morei fora, participei de muitos projetos 100% em espanhol e fiz peças imersivas onde o contato com o público fazia parte do espetáculo. Participei de uma peça cabaré em Miami, onde interpretava uma personagem, uma prostituta grávida. Me diverti muito e sei que perdi trabalhos aqui no Brasil por conta de projetos como esse, mas, mesmo assim, me desafiei e também ganhei bons dólares na época. Morando fora, também fiz peças em lugares inusitados, como dentro de um container. Tenho vontade de me desafiar e me experimentar mais no audiovisual. Quero fazer bons papéis no cinema e na televisão.

  • Sua formação em Comunicação Social é complementada por cursos específicos em interpretação. O que motivou sua escolha pela Comunicação Social e como isso se alinha com sua paixão pelo teatro?

Quando comecei a fazer teatro profissionalizante, fui cobrado em casa para fazer uma faculdade em outra área para ter “um plano B”. Quando escolhi publicidade e propaganda, não sabia o quanto isso iria me ajudar. Hoje, com as redes sociais, uso coisas que aprendi na faculdade, e na época a tecnologia não era nem perto do que vivemos hoje. Afinal de contas, a propaganda é a alma do negócio, não é mesmo!?

  • O curta “E aí, partiu?!” explora uma relação complexa entre tio e sobrinho. De onde veio a inspiração para esse enredo e por que escolher um tema tão provocativo?

O Victor, dono do canal Telemilênio (YouTube), me procurou para gravarmos algo, mas falei que queria ler o roteiro antes. Ele me mandou algumas opções, e quando vi esse, me chamou a atenção porque a história não é óbvia e me pareceu um roteiro diferente de todos que já li. Não sabia que teríamos a repercussão viral como foi logo nos primeiros dias de lançamento. Até hoje, recebo muitas mensagens falando desse curta.

  • Abordar uma relação delicada como a mostrada em ‘E aí, partiu?!’ envolve riscos, especialmente em termos de recepção do público. Você teve preocupações com possíveis controvérsias ou “cancelamento”? Como foi a decisão de seguir adiante com esse projeto?

Medo de cancelamento eu não tenho, porque o artista sempre tem que estar se renovando e arriscando. Esse foi o meu primeiro projeto gay nacional. Talvez os homofóbicos me cancelem, mas deles eu prefiro nem falar.

“Todo Chapéu Me Lembra Você”

TEMPORADA: 17 DE MAIO ATÉ 16 DE JUNHO DE 2024
Sextas e sábados às 20h, e domingos às 19h.
(75 minutos)

Bate-papos com convidados especiais, aos domingos, após a apresentação:
Renan Quinalha, dia 19/5
Erika Hilton, dia 26/5* (Sessão em Libras)
Prof. Odir Fontoura, dia 9/6
Dr. Saulo Ciasca, dia 16/6* (Sessão em Libras)

TEATRO DÉCIO DE ALMEIDA PRADO
CCD – Centro Cultural da Diversidade
R. Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi, São Paulo – SP

Bilheteria: Ingressos gratuitos 1h antes do evento.
Classificação: 12 anos
(NÃO HAVERÁ SESSÕES NOS DIAS 31 DE MAIO E 1 E 2 DE JUNHO)

Carmo Dalla Vecchia e Theo Nogueira estreiam ‘Todo Chapéu Me Lembra Você’ em SP

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