O Brasil testemunhou um aumento significativo nos casamentos homoafetivos ao longo dos últimos nove anos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um crescimento de 148,7% nas uniões civis homossexuais de 2013 a 2021, com um total de 59.620 casamentos registrados. As informações foram divulgadas pela empresa estatal de notícias Agência Brasil.
A trajetória de crescimento observada destaca uma mudança social notável: em 2013, as uniões homoafetivas constituíam 0,4% do total de casamentos no país, número que subiu para 1% em 2021. O avanço mais acentuado ocorreu entre 2017 e 2018, período em que se observou um aumento anual de 61,7%.
A distribuição geográfica dos casamentos homoafetivos no Brasil revela diferenças significativas entre as regiões. A maior incidência foi na região Sudeste, enquanto a menor ocorreu na região Norte. Entre os estados, Santa Catarina e São Paulo registraram os maiores percentuais dessas uniões.
Além disso, os dados indicam que a maioria dos casamentos homoafetivos (57,1%) foi realizada entre mulheres. Este aspecto aponta para uma predominância de uniões lésbicas dentro do espectro das relações homoafetivas no país.
Em termos de idade, o levantamento do IBGE destacou que não foram registrados casamentos homoafetivos envolvendo indivíduos menores de 15 anos, uma realidade distinta quando comparada com os casamentos heterossexuais no mesmo período.
O estudo também abordou questões de saúde e atividade física na comunidade LGBTQIA+. Foi observado que um percentual significativo de homossexuais avaliou a própria saúde como boa ou muito boa, além de relatarem maior participação em atividades físicas em comparação com pessoas heterossexuais.
No que se refere a renda e escolaridade, foi constatado que, em geral, homossexuais possuem rendimentos domiciliares per capita maiores e níveis de instrução mais elevados que pessoas heterossexuais.
A evolução legal das uniões homoafetivas no Brasil também foi destacada. Desde a decisão do Supremo Tribunal Federal em 2011, que equiparou as relações homoafetivas às uniões estáveis heterossexuais, até a Resolução 175 do Conselho Nacional de Justiça em 2013, que proíbe a recusa no registro dessas uniões, o cenário legal tem se mostrado progressivamente mais inclusivo.
A análise completa destes dados pode ser acessada através do Observatório Nacional dos Direitos Humanos (ObservaDH), que monitora e divulga informações estratégicas para o planejamento e a avaliação de políticas públicas. Atualmente, órgão está sob gestão do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
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