No Dia dos Povos Indígenas, celebrado a última quarta-feira (19), as deputadas federais Célia Xakriabá (PSOL-MG) e Erika Hilton (PSOL-SP) protocolaram um projeto de lei que propõe a inclusão do nome do Tibira do Maranhão, indígena e homossexual, no Livro dos heróis e heroínas da pátria. Com informações do Correio Braziliense.
![](https://i0.wp.com/gay.blog.br/wp-content/uploads/2023/04/Tibira-by-Miguel-Galindo-Horiz3.jpg?resize=696%2C519&is-pending-load=1#038;ssl=1)
O indígena tupinambá é lembrado como a primeira vítima de homofobia no Brasil. “Tibira do Maranhão foi executado em 1614, com uma bala de canhão, pelos que faziam do Brasil uma colônia subserviente, e que tinham como objetivo dizimar os povos originários, acabar com suas culturas e despi-los de qualquer orgulho que tinham de si“, escreveram as deputadas nas redes sociais.
“Hoje, então, se faz necessário de reconhecer o heroísmo de Tibira do Maranhão, ao ousar ser quem se era e por defender seu território, incluindo seu nome no livro dos heróis nacionais brasileiros“, acrescentaram as parlamentares.
![(crédito: Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados)](https://i0.wp.com/midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/04/19/675x450/1_deputadas-27850825.jpg?resize=696%2C464&is-pending-load=1#038;ssl=1)
![(crédito: Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados)](https://i0.wp.com/midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/04/19/675x450/1_deputadas-27850825.jpg?resize=696%2C464&ssl=1)
![(crédito: Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados)](https://i0.wp.com/midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/04/19/675x450/1_deputadas-27850825.jpg?resize=696%2C464&ssl=1)
A história de Tibira do Maranhão foi resgatada pelo antropólogo Luiz Mott. Entre 1613 e 1614, o frade Yves d’Évreux relatou a execução do indígena, morto por causa da orientação sexual. No livro “Viagem ao norte do Brasil”, o representante da Igreja Católica o descreve como “selvagem, iníquo, impuro e imundo”.
Em entrevista à BBC News Brasil, Luiz Mott afirmou que a narrativa do frade demonstra o preconceito por parte da Igreja Católica à época e que é refletido até hoje pelos crimes de homofobia no país. O especialista e ativista luta para que Tibira seja canonizado.
![O historiador Sérgio Muricy e o antropólogo Luiz Mott com tela de São Tibira do Maranhão](https://i0.wp.com/ichef.bbci.co.uk/news/640/cpsprodpb/14787/production/_116274838_3.jpg?resize=696%2C391&is-pending-load=1#038;ssl=1)
![O historiador Sérgio Muricy e o antropólogo Luiz Mott com tela de São Tibira do Maranhão](https://i0.wp.com/ichef.bbci.co.uk/news/640/cpsprodpb/14787/production/_116274838_3.jpg?resize=696%2C391&ssl=1)
![O historiador Sérgio Muricy e o antropólogo Luiz Mott com tela de São Tibira do Maranhão](https://i0.wp.com/ichef.bbci.co.uk/news/640/cpsprodpb/14787/production/_116274838_3.jpg?resize=696%2C391&ssl=1)
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