Neste sábado (18), ocorre a campanha “Sangue LGBTQIA+ Salva Vidas“, que visa desmistificar e desassociar pessoas LGBTQIA+ de doenças. A ação acontece no Hemosul, na capital Campo Grande (MS), e receberá doadores das 7h às 17h
A campanha, idealizada pelo Centro Estadual de Cidadania LGBT (CEC LGBT+), comemora o “Maio da Diversidade” e convida as pessoas LGBTQIA+ a doarem sangue. “Apesar da homoafetividade não ser considerada doença desde 1990, foi somente em 2020 que pessoas LGBTQIA+ puderam fazer a doação de sangue, antes disso era proibido“, conta a coordenadora do CEC, Gaby Antonietta.
No dia 8 de maio de 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a proibição da doação de sangue por homens homossexuais. Na época, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) argumentou que restringir um grupo específico é preconceito e que contrair uma IST está relacionado ao comportamento sexual e não à orientação sexual de um doador em potencial.
Além de desassociar pessoas LGBTQIA+ de doenças, a iniciativa visa cooperar com os bancos de sangue, visto que, historicamente, as doações costumam cair em 30% no inverno. Segundo dados do Ministério da Saúde de 2022, cerca de 1,4% da população brasileira é doadora, o que está dentro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que 1% a 3% da população de cada país deve ser doadora. No entanto, é importante aumentar a quantidade de doadores para manter os estoques estáveis.
O sangue mais procurado pelo Hemosul é o O positivo e negativo. Além disso, o centro de doação estará atendendo e atualizando os dados para cadastro de medula óssea.
Recomendações
Os doadores precisam ter entre 16 e 69 anos, sendo que adolescentes devem estar acompanhados pelos pais ou responsáveis legais. Também é necessário pesar a partir de 51 kg e estar bem alimentado, sem estar em jejum.
É obrigatório apresentar um documento oficial com foto para identificação.
Algumas doenças impedem a doação, como doenças hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, Doença de Chagas, Hepatite, AIDS e Sífilis.
Além disso, é importante avisar ao profissional de saúde caso a pessoa doadora esteja fazendo uso de algum medicamento.
Homens podem doar sangue até quatro vezes ao ano, com um intervalo mínimo de dois meses entre as doações. Já as mulheres podem doar até três vezes ao ano, com um intervalo mínimo de três meses.
Para mais informações, basta consultar o site oficial do Hemosul.
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