O cantor e ativista Victor Kinjo lançou o clipe “Canto pela Paz“, disponível no YouTube, defendendo uma cultura da paz baseada em educação, diversidade e acessibilidade. Em meio a uma crise climática e conflitos globais, a produção destaca mensagens em Libras interpretadas por jovens surdos, além de crianças de Okinawa, abordando temas de desenvolvimento sustentável com foco no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11: Paz, Justiça e Instituições Eficazes.
No clipe, dois soldados de exércitos opostos deixam a guerra de lado para dançar e celebrar a vida juntos, ilustrando uma narrativa que critica o patriarcado e a cultura bélica. Kinjo, que vive com seu companheiro Eduardo Colombo no Sítio Samauma Cultural, em Mogi das Cruzes, afirmou que “o amor entre os homens é um antídoto contra o patriarcado da cultura bélica e a violência como ideologia”.
A produção também reflete sobre a invisibilidade dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos há nove anos pela Agenda 2030, que ainda são pouco conhecidos pela população. O cantor destacou a disparidade entre o investimento global em armas e as ações necessárias para combater a fome e a pobreza, criticando a banalização da indústria da guerra e os efeitos da crise climática sobre a saúde mental. “A desesperança e ansiedade climática desses tempos estão gerando uma epidemia de depressão no Brasil e no mundo. ‘Canto pela Paz’ foi o modo que encontrei para expressar minha própria angústia, mas também esperança e alegria de viver“, conta.
Victor Kinjo destaca representatividade e inclusão
Com direção dos cineastas André Okuma e Reiko Otake, o videoclipe também busca dar visibilidade a asiático-brasileiros, que, segundo Kinjo, são frequentemente retratados de forma estereotipada. A canção traz influências de Baião, Swing e World Music e conta com a participação especial de Niwa, artista de origem japonesa e indígena.
A inclusão da comunidade surda é um dos destaques do projeto, com a interpretação em Libras aparecendo de forma central na narrativa. “Nossa vida como LGBTQIAP+ só melhorou quando aumentou o reconhecimento por outros grupos, mídia e movimentos, com a empatia e acolhimento das pessoas. E se Libras e acessibilidade fossem ensinadas nas escolas? Precisamos melhorar a qualidade de vida da população PCD que, além das dificuldades da condição física, tem que lidar com preconceitos, abuso e exclusão”, destacou o artista.
Para a imprensa, a influenciadora e intérprete de Libras Leidy Alves ressaltou a importância de tornar a acessibilidade mais visível, saindo do “cantinho do palco” para ocupar um lugar de destaque na produção audiovisual. “Foi um prazer imenso participar desse videoclipe que traz a acessibilidade em Libras de uma forma diferente, onde o artista canta em Libras. Isso traz um diferencial muito grande, porque a gente vê as Libras sempre no cantinho do palco, e agora vocês vão ver a acessibilidade geral, em tudo. Estou muito feliz de ver a comunidade surda participando desse momento, que está sendo muito especial“, afirmou.
Realizado por meio da Lei Paulo Gustavo, com apoio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Cultura de São Paulo, “Canto pela Paz” também promove reflexão sobre temas como prevenção ao suicídio e visibilidade surda, celebrando datas importantes de setembro, como o Dia Internacional da Paz e o Dia Mundial dos Rios.
Ficha técnica
Direção e Fotografia: André Okuma e Reiko Otake
Edição: André Okuma
Elenco: Ana Caroline Bezerra da Silva, Ana Júlia Alves, Caick Vizentin Valério, Dan Akamine, Eduardo Colombo, Hana Akamine, Leidy Alves, Mário Akamine, Niwa, Shinako Oyakawa e Victor Kinjo
Composição e voz: Victor Kinjo
Produção Musical: João Antunes, Ivan Banho e Victor Kinjo
Participação especial: Niwa
Vozes: Victor Kinjo, Niwa e Edu Colombo
Sax alto, Sax tenor e arranjo de saxofones: Fernando Sagawa
Violão: Guilherme Kafé
Guitarra: Moita Mattos
Baixo: João Antunes
Percussões: Ariel Coelho
Bateria: Ivan Banho
Mixagem e masterização: João Antunes e Ricardo Prado
Consultoria de produção executiva e A&R Selo Lyra Noise: Cris Rangel
Mentoria em Mídias Digitais: Gláucio Abreu Filho (Aumenta o Som)
Assessoria de Imprensa: Ellen Fernandes (EBF Comunicação)
Assistência de Produção: Maria Clara Alves do Espirito Santos
A&R YB Music: Benoni Hubmaier
Realização: Agua Viva Cultura e Sustentabilidade
Apoio
Projeto “Kinjo: Aprimoramento Artístico em Música e Acessibilidade”
Lei Paulo Gustavo – Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo/ Ministério da Cultura
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