O promotor de Justiça do Acre, Tales Fonseca Tranin, está sob investigação após supostamente ter se envolvido com uma facção criminosa. O promotor negou as acusações mas, em coletiva de imprensa, acompanhado de seus advogados, confirmou ter mantido encontros sexuais com presos monitorados. As informações são do g1.
Segundo o portal de notícias, o Tribunal de Justiça do Acre autorizou, na última quinta-feira (12), que o Ministério Público Estadual (MP-AC) instaurasse um procedimento investigatório para avaliar a conduta de Tranin. O caso está sendo mantido sob sigilo. O promotor foi afastado de suas funções na 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal desde 20 de agosto. Além da investigação criminal, ele também enfrenta um processo administrativo pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Advogado do promotor confirma relações com presos
Durante a coletiva, Erick Venâncio, advogado de Tranin, explicou que os encontros com os presos ocorriam na residência do promotor e eram estritamente sexuais, envolvendo pagamento. Segundo reportagem no g1, Venâncio enfatizou que não houve outro tipo de relacionamento pessoal ou envolvimento com atividades criminosas.
“Esses contatos se deram exclusivamente em sua residência e mediante pagamento. É importante que isso fique claro. Ele nunca teve qualquer outro tipo de contato com essas pessoas, seja de convívio, seja de amizade, seja de qualquer outra natureza. Muito menos envolvimento com organização criminosa e com a prática de um crime“, afirmou Venâncio.
A defesa também desmentiu alegações de que Tranin utilizasse sua posição para facilitar esses encontros durante as inspeções ao complexo penitenciário de Rio Branco: “É absolutamente falso, é mentiroso que ele tenha tido contato sexual durante as inspeções. Isso não consta sequer como conjectura no processo administrativo“.
Tranin foi vítima de homofobia
Além das questões legais, Tranin tem enfrentado ataques homofóbicos, que intensificaram após a rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, onde ele negociou a rendição dos presos. Na ocasião, o policial penal Waldimar de Araújo teria chamado o promotor de “afeminado“, criticando sua mediação ao conflito.
Outros ataques incluíram comentários difamatórios em redes sociais e ameaças de morte em junho. Segundo o g1, o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investigou o policial civil João Rodolfo da Cunha Souza, que foi preso em 06 de junho.
O Ministério Público Federal no Acre também se envolveu, solicitando a investigação dessas ameaças e ataques.
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