Morre Lorna Washington, ícone da noite LGBT+ carioca

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Na madrugada desta segunda-feira (30), artista Lorna Washington faleceu, aos 61 anos. Com uma trajetória que teve início na década de 1980, Lorna consolidou-se como uma das pioneiras na cena LGBTQIA+ brasileira, sendo conhecida pela habilidade de interpretar diferentes personagens com maestria, o que lhe rendeu o apelido carinhoso de “Fernanda Montenegro do mundo drag”.

lorna washington
Reprodução: Lorna Washington

A notícia do falecimento foi confirmada por Rene Júnior, vice-presidente do Grupo Pela Vidda. Ainda que a causa da morte não tenha sido divulgada, a comunidade e admiradores expressam nas redes sociais seu pesar e gratidão pela jornada da artista.

A trajetória de Lorna Washington é marcada por performances impactantes que romperam barreiras e contribuíram para uma maior visibilidade e aceitação das diversas expressões de gênero. Seu legado é imensurável e continua a inspirar artistas e ativistas que lutam por inclusão e diversidade.

Seus espetáculos eram uma mescla de humor, crítica social e muita autenticidade, características que a ajudaram a conquistar um público fiel e diversificado ao longo das décadas. Lorna também era conhecida por seu ativismo, sendo uma voz ativa na luta pelos direitos e visibilidade da comunidade LGBTQIA+.

– BKDR –

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Celso Paulino Maciel, que dava vida à personagem, também foi atuante no país contra a epidemia do HIV. Em entrevista ao GAY BLOG BR em março de 2021, Lorna contou que foi a primeira pessoa a fazer teste de HIV no Brasil.

Eu acabei me tornando uma referência de HIV no Brasil por conta da minha militância. Eu já fazia um trabalho voluntário com a médica Márcia Rachid lá no Gaffrée e Guinle e trabalhava no Papagaio. Um dia ela recebeu a visita de um médico brasileiro que estava cedido por uma universidade americana e ele estava fazendo um teste de HIV que era 100% de acerto, porque naquela época os testes não eram muito “certos”. A probabilidade de erro era muito grande e o dele era de 100% de efetividade. Ele veio até a mim através da Márcia e me pediu se eu podia lá no Papagaio falar com as pessoas que estava fazendo este teste e que ele precisava de voluntários e coisa tal, e falei com as pessoas na noite. Na época, a gente tinha o Roxy Roller (um templo da patinação localizado na Lagoa no início da década de oitenta) que estava funcionando e tinha várias salas lá, e nós conseguimos uma sala pra ele poder fazer os testes. As pessoas não precisavam dar nem o nome, ele dava um número para a pessoa se quisesse saber o resultado. E eu pra dar o exemplo, fui a primeira pessoa a fazer. Eu fiz, eu fui a frente de todos, fui lá fiz o teste, depois falei “Olha, acabei de fazer, ainda vim com o curativo no braço”, pra mostrar que eu tinha feito mesmo, então foi por isso”, disse Lorna ao GAY BLOG BR em entrevista.

“As pessoas me matam desde os anos 80 por eu ter abraçado a causa do HIV”, conta Lorna Washington

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