Justiça condena Fernando Holiday a pagar custas de processo contra Ludmilla

Fernando Holiday (Republicanos), vereador de São Paulo (SP), terá de pagar as custas processuais de uma ação civil pública que havia movido contra a Prefeitura da capital paulista, a cantora Ludmilla e a secretária de Cultura, Aline Torres. No processo, ele alegou que a artista havia feito campanha em apoio ao presidente Lula (PT) durante a Virada Cultural de São Paulo do ano passado. Com informações do Metrópoles.

O valor pago pelo vereador será de R$ 22 mil, ou 10% do cachê que Ludmilla recebeu da cidade, de R$ 220 mil, pelo show que ela realizou após ser contratada pela Prefeitura de São Paulo. A decisão foi juiz Kenichi Koyama, da 15ª Vara da Fazenda Pública da capital, após concordar com argumento do advogado Cláudio Castello de Campos Pereira, de que a Holiday tinha sido movida por má-fé.

O vereador de São Paulo havia ingressado com a ação civil em maio do ano passado, alegando que Ludmilla havia feito campanha para Lula, então pré-candidato à Presidência, porque ela fez um “L” com os dedos polegar e indicador durante a Virada Cultural. Como prova, Holiday anexou à ação uma foto do público fazendo o “L”.

“Os autores (da ação) claramente deturpam o real espírito e propósito do manejo de uma ação popular para utilizar o Poder Judiciário objetivando obter, com sucesso, projeção midiática e conteúdo para impulsionar publicações nas redes sociais”, disse a contestação da defesa da secretária.

Já a defesa de Ludmilla afirmou que a cantora não estava fazendo campanha para Lula. O “L” que ela havia feito no show era em referência a seu nome e um gesto comum em seus espetáculos. A Prefeitura, por fim, afirmou que a apresentação da artista não se tratava de um “showmício” em favor de Lula.