Florianópolis pode ter Dia Municipal de Enfrentamento ao Lesbocídio

Florianópolis pode ter Dia Municipal de Enfrentamento ao Lesbocídio

You are currently viewing Florianópolis pode ter Dia Municipal de Enfrentamento ao Lesbocídio
wp header logo png
GAY BLOG BR by SCRUFF

Com o intuito de combater os casos de violência contra lésbicas na cidade de Florianópolis (SC), a vereadora Carla Ayres (PT) protocolou,  na última quinta-feira (13), o Projeto de Lei Luana Barbosa, que institui o Dia Municipal de Enfrentamento ao Lesbocídio.

Se aprovado, o PL vai estimular o poder público a desenvolver campanhas, atividades e ações, de modo a contribuir na construção de cultura de não violência contra as mulheres lésbicas. O projeto deve entrar na pauta da Comissão de Constituição e Justiça nas próximas semanas, porém, ainda não há prazo para ser votado pelo Plenário da Câmara Municipal.

Vereadora Carla Ayres (Foto: Divulgação)

A Lei Luana Barbosa, proposta pela vereadora, busca alertar e sensibilizar a sociedade para os casos de violência contra lésbicas em Florianópolis. Um dos casos mais graves ocorreu em julho do ano passado, quando duas mulheres foram ofendidas e violentadas dentro de um ônibus, em seguida foram perseguidas e novamente agredidas dentro da conveniência de um posto de combustíveis no Centro da capital.

Para Carla, primeira mulher declaradamente lésbica eleita vereadora na capital catarinense, é preciso garantir subsídios que promovam a saúde e a segurança integral das mulheres, em toda a sua pluralidade.

A construção do projeto contou com o apoio da Articulação Brasileira de Lésbicas (ABL); Candaces; Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais Negras Feministas e Autônomas; Coletiva Resistência Lésbica da Maré; Dossiê Lesbocídio; Grupo de Mulheres Felipa de Sousa; Liga Brasileira de Lésbicas (LBL); Revista Brejeiras; e Mudiá – Coletiva Visibilidade Lésbica de Santa Catarina.

Parada LGBT+ de Florianópolis (Foto: Reprodução)

Quem foi Luana Barbosa?

A motivação para o nome do projeto veio de um crime que chocou o Brasil na noite do dia 8 de abril de 2016. Enquanto levava o filho para um curso, Luana Barbosa dos Reis foi abordada por três policiais militares. Ela e o filho estavam em uma moto e foram parados na rua de casa, no Jardim Paiva II, zona Norte de Ribeirão Preto (SP). Luana não teria permitido ser revistada, exigindo a presença de uma policial e acabou sendo agredida.

Cinco dias depois do espancamento, no dia 13 de abril, Luana morreu aos 34 anos em decorrência das lesões cerebrais que sofreu. Negra, lésbica, mãe e periférica, Luana se tornou um símbolo da luta contra a lesbofobia no nosso país. O caso ganhou repercussão nacional e internacional, contando com um pronunciamento do Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas (ACNUDH) para América do Sul e da ONU Mulheres Brasil.

Em abril de 2022, a juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto (SP), condenou o Estado de São Paulo a pagar indenização ao filho e à mãe de Luana Barbosa dos Reis, em virtude do crime cometido pelos agentes públicos.

Luana Barbosa foi vítima de lesbofobia em 2016 (Foto: Reprodução)

Junte-se à nossa comunidade

Mais de 20 milhões de homens gays e bissexuais no mundo inteiro usam o aplicativo SCRUFF para fazer amizades e marcar encontros. Saiba quais são melhores festas, festivais, eventos e paradas LGBTQIA+ na aba “Explorar” do app. Seja um embaixador do SCRUFF Venture e ajude com dicas os visitantes da sua cidade. E sim, desfrute de mais de 30 recursos extras com o SCRUFF Pro. Faça download gratuito do SCRUFF aqui.

source

Leave a Reply

This site uses User Verification plugin to reduce spam. See how your comment data is processed.