As falas do diretor foram gravadas por pessoas presentes no encontro. “Isso não será admitido como normal nesta escola. Já houve pais que saíram da escola recentemente chamando de quadrados, homofóbicos, preconceituosos e que já deveríamos ter o banheiro neutro. Exceto por força de lei, não vai ter, não”, teria dito o Conto.
“Eu queria que alguém apontasse qual o benefício que há para a humanidade, para a pessoa humana, para o jovem, para uma criança, se liberar isso”, teria questionado Daniel, em referência ao banheiro sem distinção de gênero.
A Justiça de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra Daniel em janeiro de 2021. “O denunciado praticou, induziu e incitou a discriminação e preconceito contra ciganos e homossexuais, associando tais pessoas à pornografia, menosprezo com a família, problemas de saúde e desenvolvimento das crianças“, escreveu Rosinei na denúncia.
Em depoimento à Polícia Civil, o diretor confirmou que a gravação era condizente com o que ele disse durante a reunião na escola. Ela ainda afirmou que o encontro aconteceu “para proteger as crianças, tratando de questões urgente e crítica”.