Dois torcedores do Corinthians foram vítimas de homofobia durante o clássico contra o Palmeiras, realizado na última quarta-feira (30) na Neo Química Arena. Lucas Rabelo e Leonardo Maciel estavam no setor leste superior do estádio quando começaram a ser hostilizados por outros torcedores do próprio time. O casal chegou a ser ameaçado de morte e deixou o local no intervalo da partida. As informações são do ge.

Entenda o caso
Segundo relato de Lucas, os agressores inicialmente desconfiaram que os dois fossem palmeirenses infiltrados. Mesmo após mostrarem fotos e confirmarem que torciam pelo Corinthians, as ofensas continuaram. O motivo das ameaças foi o fato de serem um casal. “Falaram para meu namorado que ‘ali não era lugar para nós’ e que ‘bastava um soco que resolvia’. Ainda disseram que, pelo menos, ele tinha voz de homem, ao contrário de mim”, contou.
Lucas afirmou que o namorado ficou assustado e relatou que ouviu “que iriam nos bater, nos dar soco na cara e que iriam nos matar ali mesmo no estádio”. Por segurança, o casal decidiu sair do estádio antes do segundo tempo. Eles disseram que procuraram ajuda no setor, mas não encontraram seguranças, policiais ou funcionários do clube à disposição para prestar socorro.
Busca por justiça
No dia seguinte, os dois registraram um boletim de ocorrência e agora aguardam a identificação dos agressores. O sistema de assentos marcados e a biometria facial da Neo Química Arena podem ajudar na investigação. O objetivo do casal é que os responsáveis sejam responsabilizados com base na lei. “Abrimos o boletim de ocorrência. Não vou processar o Corinthians, só quero que o clube ajude a identificar as pessoas que estavam ao meu lado para que elas sofram as sanções previstas na lei”, afirmou Lucas.
O Corinthians informou ao ge que entrou em contato com as vítimas e está oferecendo apoio. O clube também iniciou um levantamento sobre o local do ocorrido para entender melhor o que aconteceu e avaliar possíveis medidas. A diretoria convidou o casal para assistir ao próximo jogo, contra o Fortaleza, no mesmo estádio.
Lucas declarou que quer que o clube colabore para identificar os envolvidos. “O mesmo dinheiro que eles pagaram, nós pagamos também. Temos o direito de ver o Corinthians, assim como eles [agressores]”, disse. Ele também lamentou não ter conseguido comemorar a vitória do Corinthians, marcada pelo gol de Memphis Depay.
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