14ª Bienal Sesc de Dança em Campinas (SP) destaca cena ballroom e diversidade LGBT+

De 25 de setembro a 5 de outubro, Campinas será sede da 14ª Bienal Sesc de Dança. O evento reúne cerca de 80 atividades, entre espetáculos, performances, instalações e oficinas, com representantes de 18 países e 10 estados brasileiros. Esta será a sexta edição realizada na cidade desde 2015, após oito edições em Santos.

A abertura acontece no Sesc Campinas, no dia 25, com o espetáculo O Balé que Você Não Vê, do Balé Folclórico da Bahia. A montagem mostra os bastidores da companhia, fundada em 1988, e traz coreografias que mesclam tradição e contemporaneidade. Além da estreia, os trabalhos se espalham por diferentes pontos da cidade, incluindo espaços públicos e apresentações voltadas a crianças e famílias.

Representatividade e identidade

A edição de 2025 conta com curadoria coletiva do Sesc São Paulo e do artista convidado Flip Couto. A programação destaca produções que dialogam com diversidade sexual, identidade de gênero e culturas periféricas, além de danças cênicas, urbanas e comunitárias. Pela primeira vez, a Bienal terá um projeto educativo específico para mediação em dança, com atividades no Sesc Campinas e em espaços parceiros.

Entre os destaques nacionais estão O Grande Baile, da Belíssima Casa de Odara (Campinas), inspirado na cultura ballroom; Vogue Funk, que cruza baile funk e vogue ball; e UMA, solo de Ymoirá Micall, da Cia Sacana, que atravessa música, texto e dança. A instalação Cosmologias Ballroom também ocupará o Sesc Campinas, reunindo fotografias, performances e rodas de conversa.

Programação roda o mundo

A programação internacional traz companhias e artistas da África, Europa, América Latina e Ásia. A participação francesa ocorre dentro da Temporada França-Brasil 2025, com espetáculos que discutem ancestralidade, erotismo e memória. Entre eles está Le Sacre du Sucre, da coreógrafa guadalupense Lēnablou, que usa o açúcar como metáfora da colonização nas Antilhas.

Outros trabalhos internacionais incluem It is like a finger pointing a way to the moon, da sul-africana Moya Michael, que mistura dança, música e vídeo, e EXÓTICA, de Amanda Piña, que revisita artistas racializados apagados da história da dança europeia. Também participam companhias da Colômbia, Chile, Japão, Líbano, Ruanda e Suíça, entre outros países.

Serviço

BIENAL SESC DE DANÇA
De 25 de setembro a 5 de outubro – Campinas (SP).
Programação completa no site sescsp.org.br/bienaldedanca.
Venda de Ingressos on-line no aplicativo Credencial Sesc SP, na Central de Relacionamento Digital (centralrelacionamento.sescsp.org.br) e presencialmente nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo.
Ingressos – R$ 40 (inteira), R$ 20 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 12 (credencial plena).