Durante entrevista concedida à revista Quem, veiculada nesta sexta-feira (21), o apresentador Tadeu Schmidt compartilhou um pouco sobre seu ponto de vista acerca do combate ao preconceito e à intolerância contra pessoas LGBTQIA+. Tadeu é pai de Valentina Schimidt, que se declarou queer há dois anos.
O artista falou sobre sua visão de uma sociedade mais inclusiva e o papel dos pais na aceitação das orientações sexuais e identidades de gênero dos filhos. Ele destacou a evolução pessoal e a importância de corrigir preconceitos, aprendendo com as gerações mais jovens.
Crença em uma sociedade sem preconceitos
Tadeu Schmidt acredita que, embora não chegue a vivenciar um mundo sem preconceito, a sociedade segue caminhando nessa direção. “Daqui a 200 anos vão olhar para trás e pensar ‘meu Deus do céu, no século 21 as pessoas se importavam com a orientação sexual dos outros por quê?‘”, refletiu.
O apresentador, ainda, destacou uma dificuldade em entender os questionamentos das pessoas sobre a comunidade LGBTQIA+. “O que interessa a orientação sexual de alguém? Isso não me diz respeito e mais: não tem absolutamente nada que diga que é errado ou que é ruim“, completa.
No entanto, para ele, embora a sociedade tenha sido mais preconceituosa no passado, estamos evoluindo para um futuro com menos intolerância, até um ponto em que o preconceito acabará. “É um caminho inexorável, não tem como voltar atrás“, diz à Quem.
Tadeu Schimidt cresceu em uma geração homofóbica
Ainda em entrevista à Quem, o ator destaca que vem de uma geração homofóbica e que não aceita a diversidade. “Sou de uma geração absolutamente homofóbica, que ia para o estádio e atacava o outro por xingamentos homofóbicos, que fazia piada homofóbica, que criticava alguém e falava assim: ‘Ah, fulano tem sucesso, mas é gay, né?’, como se isso fosse um problema“, conta.
O apresentador mencionou que suas filhas, Valentina e Laura, o ajudam a perceber quando comete erros. Ele relembrou uma situação no Fantástico onde foi corrigido por um colega após usar uma expressão equivocada. “Foi um tropeço e fui evoluindo. Eu estava usando essa terminologia antiga de maneira equivocada. Aprendi e não uso mais“, contou.
Tadeu Schmidt é contra o “cancelamento” e acredita na orientação em vez de punição para quem comete deslizes. “Quem desliza no uso de uma palavra não merece ser espancado, mas ser orientado, como eu fui orientado pelo meu colega”, disse. Ele se considera um aliado na luta contra o preconceito e utiliza uma abordagem menos conflituosa.
Quando vê amigos próximos sendo discriminatórios, Tiago afirmou que os corrige de forma amistosa. “Com meus amigos próximos do pôquer, do golfe, se alguém fala uma dessas eu já vou ‘opa, não é assim, não’, e eles se corrigem. Acho que eu consigo do meu jeito mais amistoso derrubar o preconceito das pessoas próximas a mim“, explicou.
Tadeu deixa um recado para os pais
Tadeu também mandou um recado aos pais que têm dificuldade em aceitar filhos queer. “Não tem nada de errado. Não tem porque você ficar se preocupando, criticando. Não existe nada de errado na orientação sexual da pessoa. Isso diz respeito a ela“, enfatizou à Quem.
Ele também ressaltou que traição e desonestidade são os verdadeiros erros, não a orientação sexual. “Errado é trair, é você ser um casal hétero e ter várias amantes. Errado é ser desonesto, ser mentiroso. Agora a orientação sexual da pessoa? Esquece isso“.
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