“The History of Sound”, filme exibido no Festival de Cannes, reúne Paul Mescal e Josh O’Connor em uma narrativa que aposta menos nas cenas de sexo e foca mais na intimidade emocional entre os protagonistas. Dirigido por Oliver Hermanus, o longa retrata a conexão entre Lionel e David, dois jovens que viajam pelos Estados Unidos coletando registros musicais durante a Primeira Guerra Mundial. Ainda não há previsão de estreia no Brasil.

Diferente do que muitas fãs esperavam, o filme tem um tom mais calmo e discreto. As cenas de sexo existem, mas são sutis e mostram mais o vínculo afetivo entre os personagens do que o desejo físico. A relação dos dois é construída com base na música, no afeto e nas conversas, deixando de lado cenas mais ousadas vistas em outros trabalhos dos atores.
A viagem, marcada por gravações de canções populares de cidade em cidade, também mostra a aproximação íntima emocional dos dois. Como a história se passa em uma época conservadora e marcada pela guerra, o filme mostra como era difícil para dois homens viverem esse tipo de amor de forma aberta.
Mesmo com a presença de temas como homossexualidade e desejo, o longa evita focar na exposição do corpo. Em vez disso, valoriza momentos de silêncio, troca de olhares e gestos de carinho. Essa escolha lembra outros filmes do diretor, como “Moffie”, que também fala sobre como o desejo masculino era reprimido em tempos difíceis da história.
‘The Little Sister’ aborda sexualidade e cultura
Já “The Little Sister”, da diretora Hafsia Herzi, acompanha Fátima, uma jovem muçulmana que começa a questionar sua orientação sexual. Ela se veste com ditas roupas masculinas e enfrenta pressões da família e da religião.
Ao conhecer outras garotas por meio de um aplicativo, Fátima passa a explorar seus sentimentos. O encontro com Ji-Na, vivida por Ji-Min Park, muda o rumo da história e aprofunda suas dúvidas e desejos. A narrativa mostra como é difícil lidar com esses conflitos em um ambiente conservador.
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