Estigma ainda é obstáculo para dignidade de pessoas vivendo com HIV no Brasil, diz Unaids

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Um levantamento nacional divulgado pelo Unaids, neste ano de 2025, revela que o estigma contra pessoas vivendo com HIV permanece como um dos principais entraves para o acesso ao tratamento e para a garantia da dignidade humana. Segundo o estudo, 52,9% dessas pessoas já sofreram algum tipo de discriminação, muitas vezes em espaços que deveriam oferecer acolhimento e proteção.

A pesquisa aponta que a exclusão não está restrita ao sistema de saúde, mas se estende a lares, escolas, ambientes de trabalho e comunidades. Relatos de exclusão familiar, por exemplo, foram mencionados por 38,8% das pessoas entrevistadas.

Estigma ainda é obstáculo para dignidade de pessoas vivendo com HIV no Brasil, diz Unaids
Estigma ainda é obstáculo para dignidade de pessoas vivendo com HIV no Brasil, diz Unaids

Mesmo após uma década da promulgação da Lei nº 12.984/14, que criminaliza a discriminação contra pessoas vivendo com HIV ou Aids, sua aplicação ainda encontra dificuldades. Em muitos casos, especialmente quando envolvem instituições públicas ou privadas, a denúncia não ocorre por medo de exposição ou represálias. O relatório também indica a ausência de capacitação adequada de profissionais da saúde, educação e justiça como um fator agravante.

O impacto do estigma é ainda mais acentuado entre grupos historicamente marginalizados. Entre pessoas trans e travestis, 86,7% relataram discriminação por identidade de gênero e 67,7% sofreram assédio sexual. No caso de profissionais do sexo, 81,1% relataram experiências de estigmatização, e 51,4% evitaram procurar serviços de saúde por receio de serem reconhecidas.

O documento destaca ainda que, embora o Brasil tenha avançado nas metas de diagnóstico e supressão da carga viral estabelecidas pela OMS e pelo Unaids, a adesão ao tratamento segue abaixo do necessário. O preconceito e a desinformação contribuem para esse cenário, afastando as pessoas dos cuidados médicos. Segundo o Unaids, quem enfrenta altos níveis de estigma tem 2,4 vezes mais chances de adiar o início ou a continuidade do tratamento.

A eliminação do estigma é apontada como essencial para que o Brasil consiga cumprir o objetivo de acabar com a epidemia de Aids até 2030, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

A questão é um dos focos do 7º Encontro Nacional de Projetos Apoiados pelo Fundo Positivo, que ocorre em Salvador até 29 de maio, e deve reunir diferentes iniciativas para discutir os avanços e desafios na prevenção do HIV, com destaque para o uso da PrEP.

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