A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, realizada nesta sexta-feira (26), trouxe à tona diversas referências à população LGBTQIA+, o que gerou reações adversas entre a extrema direita francesa. No evento, foi possível acompanhar drag queens representando a obra “Festa dos Deuses, associado por muitos à cena da Última Ceia, uma modelo trans, além de um beijo entre dois homens.
Drag queens recriam a Última Ceia
Durante a abertura, houve o quadro artístico “Festividade“, que apresentou um grupo de drag queens sentadas à mesa recriando a obra “Festa dos Deuses”, do artista Jan Harmensz van Bijlert. No entanto, a polêmica girou em torno da semelhança da representação com a obra “Última Ceia”, de Leonardo Da Vinci.
Entre as participantes estavam famosas drag queens como Nicky Doll, Paloma e Piche. A performance contou com música da DJ francesa Barbara Butch, conhecida por seu ativismo feminista e lésbico, e incluiu a modelo trans Raya Martigny desfilando com trajes de novos talentos da moda.
Amores parisienses
Outro trecho da cerimônia, intitulado “Amores parisienses“, integrou o quadro “Liberdade” e foi dirigido por Thomas Jolly, que revelou ter enfrentado assédio na adolescência devido à sua homossexualidade. Essa parte do espetáculo mostrou uma “Paris em que o desejo se afirma e se expressa“, com uma coreografia sensual e dançarinos vestindo roupas nas cores da bandeira arco-íris. A cena culminou com dois homens se beijando e um trio se trancando em um quarto, simbolizando a diversidade do amor.
Ataques da direita
Segundo informações retiradas da Folha de S.Paulo, a eurodeputada francesa Marion Marechal, representante da extrema direita, criticou a cerimônia nas redes sociais. Em sua mensagem, ela descreveu as cenas como “estranhas” e expressou desaprovação em relação à inclusão de drag queens, ao beijo entre os homens e à presença de Aya Nakamura, cantora que se apresentou ao lado da guarda republicana.
Marechal afirmou que a cerimônia carecia de celebração dos valores do esporte e da beleza da França, acusando o evento de ser uma “propaganda woke grosseira“. “Procuramos desesperadamente a celebração dos valores do esporte e da beleza da França em meio a uma propaganda woke tão grosseira“, disse.
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