No momento em que a popular novela “Terra e Paixão” se encaminha para seus episódios finais, Amaury Lorenzo, 39 anos, passa por uma mudança pessoal significativa. Segundo o colunista Valmir Moratelli, o ator, que ganhou reconhecimento por seu papel como Ramiro, terminou seu longo relacionamento com Sérgio Lobato, 43 anos, um notável documentarista e jurado de carnaval em Vitória, ES.
Lorenzo, conhecido por sua discrição em assuntos pessoais, optou por manter sua relação amorosa longe dos olhares do público. A decisão pelo término partiu do próprio ator, segundo Valmir.
Por outro lado, Sérgio Lobato, o ex-companheiro de Lorenzo, optou por excluir as fotografias do casal de suas redes sociais, mantendo apenas aquelas relacionadas ao trabalho. Lobato é reconhecido por suas contribuições no campo do documentário e por seu trabalho educativo com comunidades indígenas no Amazonas.
HOMEM LGBTQIA+
Em outubro do ano passado, Amaury falou pela primeira vez sobre sua sexualidade: “Eu me considero um homem LGBTQIA+. Pode ser que daqui a pouco eu me case com outro homem, cis ou trans, com uma mulher, cis ou trans… Eu sei que o público tem curiosidade de saber sobre a minha sexualidade. Não tenho problema com relação a isso. A única questão é quando o assunto fica acima do meu trabalho como ator.”
Em outra pergunta, Amaury respondeu se já passou por algum tipo de preconceito: “Ouço sempre que fui pra cama com todo mundo pra poder estar nessa novela, que eu fico explorando o meu corpo… Tentam me agredir por ser um homem de 1,80m, preto, com a bunda e o peitoral grandes. Gente, são 25 anos varrendo teatro! O preconceito sempre vai correr nas veias da nossa sociedade. Ainda criança, lá no interior de Minas, com 8, 9 anos, eu já era alvo de comentários cruéis por dançar balé clássico. Uma vez, saindo da aula, ouvi pessoas me chamando de viadinho, e eu nem sabia o que isso significava. Quando me virei, eram vendedoras de uma loja de roupas. No bairro onde eu morava, um garoto gritou: ‘Amaury, olha pra trás!’. Ele estava com uma arma de bolinha apontada pra mim. Me chamou de viadinho e atirou. Fez um buraco nas minhas costas. Comecei a ter vergonha de fazer balé. Aos 10 anos, ia fazer teste para uma companhia de balé de Londres, e minha mãe foi à escola pedir licença para eu ir a Belo Horizonte. Quando voltei, dois dias depois, a professora de inglês debochou, na frente de 40 alunos: ‘Sabiam que Amaury é bailarino? Se eu falasse o que eu penso, eu seria expulsa da escola’. Terapia me ajudou a superar”.
“Recebo muitos nudes e adoro”, diz Amaury Lorenzo, que dá vida ao peão Ramiro, em ‘Terra e Paixão’
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